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sábado, 29 de junho de 2013

catorze-do-onze-do-onze

no dia 14 de novembro eu te dei aquilo que mais protegia.
logo eu que nunca nem cogitei a possibilidade de ao menos mostrá-lo a alguém, te entreguei, assim, de bandeja. à minha maneira, claro.
e agora parece que eu tento seguir minha vida com um pedaço de mim faltando. parece que a gente se separou, mas você levou uma parte de mim com você e eu não sei como reaver esse pedaço.

e como é que se toma de volta algo assim? como é que se faz pra deixar de sentir um frio na barriga ao ver um sorriso? como é que se manda o coração parar de derreter toda vez que vê um brilho diferente no olhar? como é que faz pra deixar de sorrir feito besta quando ouve um sorriso na voz?

às vezes acho que você tenta devolver meu coração mas eu me recuso a pegar de volta, me recuso a deixar de amar cada detalhezinho seu.
eu costumava achar que era você quem não soltava, mas a verdade é que talvez eu não esteja tentando me soltar. talvez eu não queira me soltar. talvez eu nunca tenha conseguido me prender a nada antes e não queira perder essa ligação.

é inacreditável e desconcertante o poder que você ainda tem de mexer comigo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

aquele v a z i o

é esse vazio, aquele vazio
que me assola,
que me enche 
e me preenche;
que incomoda,
e me devora

aquele oco dentro do peito
repleto de dor
repleto de amor
que me deixa assim
cansada
tão cheia de tudo,
tão cheia de nada

vazia

como parar? como encher? como não te encher
e me preencher
e esquecer
que tudo que olho, que sinto, que vejo
me lembra você?