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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ela era encrenca.
Perigo.
Problema.
Um caminho sem volta.
Eu soube que ela era problema, naquele dia.
No dia que trocamos o nosso primeiro olhar de verdade.
Sem disfarce, sem pudor, sem muita discrição, tampouco.
Aqueles olhos grudaram nos meus e nenhuma palavra precisou ser dita.
Aqueles olhos tão deliciosamente cheios de más intenções cravaram nos meus e o mundo perdeu o ritmo, o compasso, o motivo, o sentido.
Tudo que eu queria era ela.
Minha boca implorava pela dela,
Meu corpo clamava pelo dela
E tudo que eu podia fazer
Era olhar, olhar, olhar….
E me perder naquele infinito de propostas maravilhosamente tentadoras.
E partir daquele segundo, tudo que eu podia pensar era numa oportunidade de fazer aquilo que aqueles olhos tão lindos me convidavam cruelmente a fazer.
Fui imprudente, admito. Mais de uma vez, até.
Mas bastava um sorriso dela pra a minha resistência descer pelo ralo.
Você se encantou perdidamente por alguém depois de um mísero beijo, toque, carinho ou sorriso?
Não?
Sorte sua.
parte de mim sofre.
parte de mim sente que eu sou a pior pessoa do mundo.
e essa parte sangra aqui dentro. e muito.
mas eu sempre fui do tipo que se entorpece e ignora tudo que machuca.
então eu me foco na outra parte.
a parte de mim que vibra,
que quase flutua de alegria toda vez que ouve a sua voz
e lembra do seu beijo,
do seu carinho,
dos seus olhos tão transparentes...
e aquele sinal?!

eu sei que você já deve estar cansada de saber do poder louco que você exerce sob mim.
mas o que você provavelmente não deve saber
são as inúmeras vezes em que eu me pego sonhando acordada com você;
quantas vezes eu fecho os olhos e me teletransporto pra perto de você;
o quanto me dói não poder te dar colo e te fazer cafuné até você dormir quando você não tá bem;
quantas vezes eu sonho com o momento em que eu vou poder segurar o seu rosto nas minhas mãos,
puxar sua cintura com urgência, colar o seu corpo no meu,
e admirar e absorver cada milímetro de você, até finalmente encontrar o caminho da sua boca;
quantas vezes eu desejo voltar no tempo e sentir a maciez dos seus lábios, tão perfeitamente esculpidos;
quantas vezes eu sinto falta das suas mãos envolvendo o meu pescoço, apertando o meu pescoço(!!!);
o quanto eu me pego relembrando aqueles momentos só nossos
onde tudo e todos desapareciam...
o seu cheiro, o seu abraço, o seu carinho, o seu corpo maravilhosamente delicioso.

você nem imagina o quanto eu sinto falta de poder explorar o seu corpo inteiro, te fazer suspirar, gemer,
te fazer pedir mais, exigir mais.
o seu olhar carregado de desejo,
minhas orelhas em chamas,
o seu corpo no meu, me fazendo ferver.
você nunca vai ter noção do quanto me dói estar tão longe e perto de você ao mesmo tempo,
e não poder te abraçar, te tocar...
e ter que usar as desculpas mais idiotas do mundo pra sentir a sua pele na minha,
ainda que por alguns míseros e tão breves segundos;
nunca vai saber o quanto machuca  não poder ficar com os olhos grudados nos seus como eu gostaria;
o quanto doi não poder te admirar dançando e sentir aquele choquinho na coluna que só você me causa.
você nem deve saber o quanto eu preciso de todo meu autocontrole pra desviar os olhos toda vez que alguém chega em voc,ê para não deixar transparecer o ciume que me corrói aqui dentro
e o quanto dói ter que te imaginar com outro alguém
ainda que a sua felicidade seja o que eu mais desejo nesse mundo.
porque apesar de tudo isso, você merece.


'e o seu sorriso é o que me faz sorrir'"

speechless

segunda-feira, 7 de março de 2016
14:22
Ela, desconfiada como foi criar pra ser, nunca teve muitas tristezas e decepções ao decorrer da vida. 
Nunca baixava a guarda.
Mas sempre tem aquela pessoa, ou aquelas pessoas, que fazem você esquecer como a vida pode ser cruel.
 A expectativa é uma coisa muito perigosa.
Então, com ela, com ele, com o tempo ela se permitiu baixar a guarda.
Maior. Burrice. Do. Mundo.
Traição é algo que machuca, que marca, que deixa cicatrizes pro resto da vida. 
Acredite, ela entende de cicatrizes.
Mas em dose dupla?! Namorada e melhor amigo? Há.
Tentava chorar, mas só conseguia rir. Rir mesmo. Da sua ingenuidade, da sua burrice. A risada era amarga e  chegava a chacoalhar o corpo, quando ela não sabia se estava rindo mesmo ou só prendendo o choro.
Ela ainda não tinha chorado.
Aquilo parecia ser surreal demais pra ser verdade.
Absurdo demais. Desrespeitoso demais.
E afinal, como arrancar essas duas facas enfiadas nas suas costas se ela ainda estava em estado de choque e mal conseguia se mover.
Se bem que, pra quê tirar, né? Deixa de alerta. Deixa aberta.

Deixa de suvenir. 
quando escrever sobre se tornou tao difícil?

ela era encrenca.
não só pra os relacionamentos alheios.
a encrenca maior era que ela é deliciosamente encantadora,
insuportavelmente tentadora,
e maravilhosamente estonteante.
e o mais incrível é que ela em sabe disso,

ela é do tipo de mulher que se esconde atrás desse jeitinho de menina,
mas que é muita mais mulher que muita mulher por aí.
eu que o diga

ela pode não acreditar nisso porque ela é uma das pessoas mais cabeça-dura que eu conheço,
mas ela é daquele tipo de mulher que, não importa quanto tempo passe, você nunca vai esquecer.

ela sabe mudar de doce para completamente sensual em questão de segundos.
e existe coisa mais excitante que isso?
ene á ó til. não!

ela sabe ser uma menina extremamente carinhosa e uma mulher que sabe exatamente o que quer e não tem vergonha de exigir o que deseja
e isso é receita certa pra aquele choquinho na coluna, que só você me causa.

e por mais que ela não acredite,
eu nunca vou esquecer daquela maina de umedecer os lábios, mesmo sem notar;
daquela mordidinha na boca, ainda que sem perceber, que me faz querer largar tudo e colar a minha na sua;
do seu narizinho tremendo, toda vez que você ri;
do quão linda e inocente você parece quando quando usa seus óculos, mesmo sem a perninha <3 p="">
a verdade é que você nunca vai saber o quanto significa pra mim e o que eu daria pra ter nos meus braços agora.

sem rumo

sábado, 19 de março de 2016
01:16

Quando ele me disse que ele sempre esperava o pior das pessoas, eu quase ri. Achei improvável, pura utopia. Ninguém podia esperar tão pouco de todo mundo, certo? Errado.
Acontece que ele esteve sempre certo. Assim como a vida fez a questão de me provar tão dura e duplamente.
Ok, lição aprendida. Mas e agora?
Pra onde seguir? Em quem confiar? Pra quem contar as coisas mais bobas dos meus dias, meus segredos mais obscuros, meu lado que mais ninguém conhece?
Eu mereci?
Será que é o tal do carma?
 Talvez seja o jeito do universo de me provar que eu não posso colocar meus desejos e vontades e vontades acima de qualquer coisa, ou qualquer um.
Ou não. Ou talvez seja o tapa na cara que eu precisava dessa tal de vida.
Mas dizer que eu segui em frente? Que isso não me machuca e não mancha os meus olhos de vermelhos sangue de puro ódio sempre que me lembro do que aconteceu, do que eu vi, do que foi tentado ser escondido de mim?
Isso seria patético. Até pra mim.
E acredite, esse não é um feito pra qualquer um.
O que me sobrou?
Um buraco no peito, uma ferida que pode cicatrizar, mas nunca parar de doer.
O meu jeito de sobreviver?
Cigarros. Bebidas. Maconha. Xanax. Esc.
E ela. É claro.
Que me aterroriza toda vez em que eu penso em decepcioná-la,
magoá-la ou não atingir suas expectativas.
Afinal,
Não é isso que eu sou?
Uma coleção de decepções, uma atrás da outra?




/tempo/

Pensar nela doía.
Pensar no que ela constumava representar, faz meu coração se remexer, inquieto no peito.
Ela era minha casa, meu lar, meu lugar seguro. Ela me fazia ser eu mesma, sem pensar muito a respeito. Ela me fazia sentir ouvida, acolhida, amada.
Até que tudo mudou.

É claro que, ironicamente, ela ainda era tudo que eu conseguia pensar.
Com um pequeno detalhe:
Assim, sem mais nem menos, eu me dei conta: eu estava apaixonada.

Ela era a pessoa com quem eu queria passar horas no telefone, ela era a pessoa em que eu pensava antes de dormir e ao acordar, ela era a pessoa com quem eu queria dividir os momentos bons e ruins; Ela era a pessoa que eu queria mover o mundo pra fazer sorrir; ela era a pessoa que eu queria colocar no colo e cuidar e mimar; ela era a pessoa que fazia meu coração parar e voltar a bater com o dobro  da velocidade com um sorriso; ela era a pessoa que sabia me tirar do sério e do chão em segundos; ela era a pessoa que eu queria pra mim.

Mas pensar nisso doía. Porque era um amor que só podia ser conjugado no passado.
/Tempo/
Pelo menos pra ela.
Pra mim era uma constante, que não iria embora tão cedo.
Nem que ela pedisse.
Nem se ela implorasse.

Pensar nisso doía.

sábado, 14 de maio de 2016

elas, sim!

Lavei um pouco a alma. Forçadamente, mas lavei.
Que bom que ela me procurou.
Sua visão da vida se encaixa com a minha, e sempre me acrescenta alguma coisa.
"Ela é uma das poucas pessoas que me fazem ter um pouco de fé na humanidade ainda, sabe?", eu murmurei, olhando pra lugar nenhum.
"E eu, né?", minha mãe brincou, querendo me desviar das lágrimas, que sempre vinham com aquele tipo de conversa.
Eu não ri na hora, mas rio agora. Ela brinca, mas parece que não sabe que ultimamente ela tem sido o meu único motivo real pra conseguir sair da cama, pra ignorar aquela vozinha tantas vezes quanto é possível, pra sorrir, rir, gargalhar.
Olho pra aquela mulher aparentemente tão pequena, mas tão, tão grande e meu coração se agita no peito.
É uma mistura de amor, medo e gratidão tão puros, que eu eu esqueço de tudo.
É um sentimento que eu carrego comigo aqui dentro desde que me lembro de pensar.
Escrever sobre ela sempre será difícil, concluo. Ela é complexa demais pra ser posta em palavras, boa demais pra ser comparada a alguém, maravilhosa demais pra o simples significado no dicionário.
Ela é de uma pureza que me irrita, me encanta, me fascina, me inspira,
me faz ter um pouquinho de fé na humanidade.
Rio por dentro, envergonhada do orgulho que tenho ao pensar que eu sim tenho a melhor mãe do mundo.
Sinto de verdade por aqueles que não podem ter uma mãe como ela, enquanto me aninho no colo que só ela tem.
Posso até emprestar se alguém precisar, viu?
E ela, linda do jeito que é, com certeza não vai se opor.

Hoje não é o dia das mães, mas pra mim todo dia é dia dela.
Pra ela.
Sempre.