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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

sem rumo

sábado, 19 de março de 2016
01:16

Quando ele me disse que ele sempre esperava o pior das pessoas, eu quase ri. Achei improvável, pura utopia. Ninguém podia esperar tão pouco de todo mundo, certo? Errado.
Acontece que ele esteve sempre certo. Assim como a vida fez a questão de me provar tão dura e duplamente.
Ok, lição aprendida. Mas e agora?
Pra onde seguir? Em quem confiar? Pra quem contar as coisas mais bobas dos meus dias, meus segredos mais obscuros, meu lado que mais ninguém conhece?
Eu mereci?
Será que é o tal do carma?
 Talvez seja o jeito do universo de me provar que eu não posso colocar meus desejos e vontades e vontades acima de qualquer coisa, ou qualquer um.
Ou não. Ou talvez seja o tapa na cara que eu precisava dessa tal de vida.
Mas dizer que eu segui em frente? Que isso não me machuca e não mancha os meus olhos de vermelhos sangue de puro ódio sempre que me lembro do que aconteceu, do que eu vi, do que foi tentado ser escondido de mim?
Isso seria patético. Até pra mim.
E acredite, esse não é um feito pra qualquer um.
O que me sobrou?
Um buraco no peito, uma ferida que pode cicatrizar, mas nunca parar de doer.
O meu jeito de sobreviver?
Cigarros. Bebidas. Maconha. Xanax. Esc.
E ela. É claro.
Que me aterroriza toda vez em que eu penso em decepcioná-la,
magoá-la ou não atingir suas expectativas.
Afinal,
Não é isso que eu sou?
Uma coleção de decepções, uma atrás da outra?




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